A Associação Comercial e Industrial de Bauru recebeu esta semana líderes empresarias do Distrito Industrial 3 (DI3) para mediar a solução de uma série de reivindicações relacionadas à infraestrutura e segurança do local. Recepcionados pelo presidente da entidade, PJ Aiello, diretores e conselheiros, o grupo manifestou preocupações que vêm afetando o DI3 há mais de 25 anos.
Hoje, quarta-feira (13), a entidade e membros do grupo novamente estiveram na ACIB para apresentar as questões de energia e buscar soluções. O encontro contou com a presença de Carlos Eduardo Camargo, da Gerência de Relacionamento com o Poder Público e Grandes Empresas da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).
Na oportunidade, os empresários do DI3 manifestaram preocupações com a oscilação de energia, que tem sido constante e afetado a produção. Segundo eles, as máquinas desligam por segurança e, às vezes, precisam de até duas horas para retornar, o que gera atrasos e prejuízos.
A falta de iluminação pública noturna também foi um ponto levantado, pois deixa o local com insegurança, já que o policiamento é considerado insuficiente.
Carlos Eduardo Camargo agradeceu a ACIB por intermediar a busca de soluções e destacou a importância de um espaço democrático para debater os problemas da região.
Sobre as quedas de energia, ele explicou que Bauru e o Brasil têm enfrentado chuvas e ventos intensos, o que pode ocasionar oscilações. Segundo Camargo, o sistema da CPFL faz uma autocorreção para evitar danos maiores, o que causa os picos de energia.
Para entender melhor a situação no DI3, Camargo propôs um estudo detalhado em conjunto com os empresários e o setor de engenharia da CPFL. A iniciativa visa mapear as empresas e apontar soluções, como a medição em pontos específicos para registrar histórico de quedas e horários. Camargo também esclareceu que a CPFL fará um levantamento dos pontos sem iluminação e fará a troca das lâmpadas.
O DI3 abriga atualmente 56 empresas, que geram centenas de empregos. Apesar do crescimento, a região ainda sofre com a falta de infraestrutura básica, como pavimentação, galerias pluviais e segurança pública.
O presidente da ACIB, PJ Aiello, se disse satisfeito com o encontro e ressaltou o papel da entidade como mediadora entre os empresários e os poderes públicos. Nos próximos dias, a entidade irá elaborar um relatório com as demandas e buscará soluções junto aos órgãos públicos e empresas responsáveis.
“Como bauruense e presidente da ACIB, conheço bem a situação precária da infraestrutura do DI3, um problema antigo que afeta a região há décadas. As demandas do local são diversas, desde questões de energia e pavimentação até transporte público e segurança. Nas próximas semanas, a ACIB emitirá um relatório detalhando essas demandas e buscará cada setor responsável para encontrar soluções conjuntas e efetivas para o DI3”, finalizou o presidente da ACIB.